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INFOBOX MUSEU

O Museu da Polícia foi previsto no projeto de construção da nova Central da Polícia Civil do Distrito Federal concluída em 1910 e, hoje, considerada o Prédio Histórico da Polícia Civil.

Materializou-se em 02.02.1912, junto com a Escola de Polícia, contribuindo para auxiliar nas aulas práticas para a formação de policiais. O Museu do Crime fora incluído no projeto de reformulação geral da instituição policial do início do século vinte.

Além do seu criador, o Professor Elísio de Carvalho (1912-1918), muito contribuíram para o desenvolvimento e preservação do órgão cultural da Polícia Civil, o Coronel do Exército Renato Rocha, diretor da Escola de Polícia(1969-1975) e o Delegado Cyro Advincula da Silva (2002-2018), que dirigiu o Museu cumulativamente com a direção de outros órgãos policiais.

Com o tempo, o Museu coletou vasto material relacionado à atuação da polícia em diversas áreas como a Investigação, Criminalística, Medicina Legal, Polícia Política e polícia ostensiva uniformizada. No acervo destacam-se objetos interessantes apreendidos pela polícia entre 1937 e 1945, no Estado Novo, como calçados infantis com desenho da cruz suástica, bandeira e flâmulas nazistas, material de propaganda do Partido Comunista e da Ação Integralista e o mobiliário original do gabinete do Chefe de Polícia, datado de 1910. Existe, também, uma coleção de armas de diversas épocas e objetos relativos à falsificações e toxicologia, além de peças que contam a História da Polícia Civil do Rio de Janeiro, intimamente ligada à História do Brasil e da sua atuação durante uma existência de quatrocentos anos, iniciada com o exercício da polícia judiciária no Rio em 1619. O historiador Adler Homero Fonseca de Castro em visita ao Museu lembrou da importância do tombamento de muitas dessas peças pelo valor etnográfico.

Pertence ao Museu da Polícia Civil uma importante coleção constituída por objetos de cultos afro-brasileiros, recolhidos pela polícia no início do século XX, por força da legislação vigente na época e especialmente do art. 157 da lei penal que reprimia "o espiritismo, a magia e seus sortilégios,..." e, também, de um contexto no qual se integravam a política repressora do Executivo, a condenatória do Judiciário, com repercussão dos órgãos da Imprensa. Reconhecido o valor etnográfico desse patrimônio, foi transferido para o museu e preservado até 1938, quando o Delegado Sylvio Terra fez gestões junto ao recém criado IPHAN objetivando o seu tombamento definitivo. As suas 400 peças participaram da exposição permanente do Museu em diversos períodos.

O Museu da Polícia Civil tem como objetivo o resgate da memória da instituição policial, através da aquisição, preservação, pesquisa, exposição e difusão de evidência de sua história. Desde a década de 90 como museu histórico é uma instituição pública e um espaço cultural aberto à sociedade, integrando-se no corredor cultural do Centro da cidade.


A sede do Museu

Em 5 de novembro de 1910 inaugurou-se o novo prédio da Polícia Central, sede dos serviços centrais da Polícia do Rio de Janeiro e Gabinete do Chefe de Polícia do Distrito Federal.

Situado na Rua da Relação, no Centro da cidade, o prédio traduzia para os trópicos a essência do que havia de mais moderno nos edifícios destinados a sedes de polícia na Europa. Foi o primeiro prédio do Brasil projetado e destinado especialmente para esse fim.

A sua inauguração marcou um importante momento de transformação da Polícia do estado democrático de direito, substituindo métodos empíricos do passado pelo exercício da polícia judiciária pautada na lei e apoiada no trabalho desenvolvido pelas perícias criminal e médico-legal.

Parte de um movimento de valorização da polícia judiciária, inspirado em juristas como Alfredo Pinto, Cardoso de Castro, Leoni Ramos e outros, materializado na nova construção pelo encontro dos principais órgãos de investigação representados pelas delegacias auxiliares e as perícias criminal e médico-legal e mais o Gabinete de Identificação, de forma a se constituir num centro de excelência a disposição da elucidação dos mais intrincados crimes e valiosa ferramenta de controle da incidência criminal.

Para ratificar a importância atribuída à segurança pública pelo governo do Presidente Afonso Pena, o projeto arquitetônico foi entregue a Heitor de Mello (1876-1920), maior prêmio da arquitetura da Exposição Universal de 1908 e comprovadamente um profissional afinado com o modelo de urbanismo das grandes avenidas e monumentos em construção durante o processo de remodelamento urbano da Capital.

O prédio homenageia o estilo eclético francês. Relembra com um torreão e uma entrada monumental os edifícios pós-Haussmann e as exposições Universais, marcos do avanço tecnológico de época. Na atualidade, esse monumento tombado como patrimônio artístico e cultural do Estado, é a sede do Museu da Polícia Civil.

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Palácio da Polícia
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